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Duas clínicas terapêuticas voltam a ser interditadas por funcionamento clandestino em Divinópolis

Fiscalização flagra clínicas interditadas funcionando em Divinópolis Duas clínicas de reabilitação foram interditadas na manhã desta quarta-feira (12) p...

Duas clínicas terapêuticas voltam a ser interditadas por funcionamento clandestino em Divinópolis
Duas clínicas terapêuticas voltam a ser interditadas por funcionamento clandestino em Divinópolis (Foto: Reprodução)

Fiscalização flagra clínicas interditadas funcionando em Divinópolis Duas clínicas de reabilitação foram interditadas na manhã desta quarta-feira (12) por funcionarem clandestinamente e manterem 49 mulheres em condições precárias de saúde e higiene, no bairro Primavera, em Divinópolis. Segundo a Prefeitura, os locais — classificados como alto risco sanitário — já tinham sido interditados anteriormente, mas continuaram atendendo irregularmente. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste no WhatsApp As unidades não tinham Alvará Sanitário nem Alvará de Utilização e apresentavam medicamentos sem prescrição, problemas estruturais, falta de higiene e encaminhamentos inadequados. Durante a vistoria, 20 mulheres foram encontradas em uma clínica e 29 na outra; nenhuma delas é moradora da cidade. Todas serão avaliadas e encaminhadas às cidades de origem. A ação foi realizada após o vereador Matheus Dias receber denúncias de maus-tratos e de que unidades já interditadas voltaram a funcionar. A fiscalização confirmou as irregularidades e constatou que as mesmas clínicas já haviam sido autuadas em 2023 e em junho de 2025, quando atendiam homens em condições insalubres. A reincidência motivou a lavratura de novos autos de infração e a abertura de Processos Administrativos Sanitários (PAS), que serão analisados pela Junta de Julgamento da Saúde. Segundo a Prefeitura, as penalidades devem ser mais severas por se tratar de descumprimento das determinações legais. A Polícia Militar (PM) acompanhou a operação e registrou Boletim de Ocorrência. O Ministério Público também vai acompanhar o caso. Nenhum dos responsáveis pelos estabelecimentos compareceu. Denúncias e situação reincidente O vereador Matheus Dias explicou que recebeu relatos de fugas, maus-tratos e funcionamento clandestino em instituições já interditadas. “Comecei a receber denúncias de maus-tratos e fugas em instituições interditadas. Solicitei a documentação junto à Vigilância Sanitária e vi que essas duas já estavam interditadas há um bom tempo. Diante disso, convoquei uma reunião com a Saúde Mental, Vigilância Sanitária, Assistência Social e Polícia Militar para verificar o que estava acontecendo”, relatou o parlamentar. LEIA TAMBÉM: Comunidade terapêutica é interditada por atendimento irregular a pessoas com deficiência e transtornos de saúde Polícia encontra crianças em alojamento precário de escolinha de futebol em MG O fiscal da Vigilância Sanitária, Eduardo Oliveira, lembrou que as condições encontradas em 2023 e 2025 eram semelhantes às verificadas agora. “Na ocasião, recebemos a denúncia e encontramos uma situação totalmente contrária à legislação sanitária: acomodações precárias, colchões sem capa impermeável, alimentação ruim, alimentos jogados no chão e utensílios de cozinha sujos. Também havia medicamentos sem prescrição médica, entre outras irregularidades”, afirmou. Após a interdição anterior, os homens acolhidos foram devolvidos às famílias, mas as clínicas voltaram a funcionar irregularmente e passaram a receber mulheres. "Identificamos também que muitos internos não passaram por um processo de recebimento, não tinham encaminhamento para atendimento médico ou postos de saúde. Sem condições de higiene, falta de chuveiro no banheiro, objetos pessoais amontoados, vários problemas", acrescentou. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Érika Camargo, os locais são classificados como risco 3, nível que exige licenciamento prévio. “Essas instituições não possuíam Alvará Sanitário nem Alvará de Utilização, o que já configura uma infração grave”, disse. Próximos passos Com os novos autos de infração e abertura dos PAS, a Junta de Julgamento da Saúde vai definir as penalidades. Por reincidência, elas devem ser mais severas. As acolhidas foram reencaminhadas às famílias com o apoio da Semds. A Prefeitura reforçou que seguirá com fiscalizações integradas “para garantir dignidade e segurança às pessoas acolhidas e assegurar que os serviços em funcionamento cumpram a legislação sanitária”. Clínicas de reabilitação clandestinas são interditadas por atender mulheres em condições precárias em Divinópolis Reprodução/TV Integração VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas

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